Michael Saylor, cofundador e presidente da Strategy, que possui um dos maiores tesouros de Bitcoin do mundo, vai estar em Washington DC nesta terça-feira (16). O foco da sua visita é apoiar uma nova legislação que pretende criar uma Reserva Estratégica de Bitcoin para o governo dos EUA.
Essa reunião foi organizada pela senadora Cynthia Lummis e pelo deputado Nick Begich. Estão confirmadas a presença de vários defensores das criptomoedas, incluindo Saylor, em uma mesa redonda no Capitólio. Entre eles, destaca-se Fred Thiel, CEO da Marathon Digital Holdings, Haris Basit, diretor de estratégia da Bitdeer, e Matt Schultz, CEO da Cleanspark. A Digital Power Network (DPN) também estará presente, e essa organização é vinculada à Chamber of Digital Commerce, um dos principais grupos de lobby para o setor de blockchain e criptomoedas.
Em pauta, o grupo discutirá uma proposta que visa que o governo adquira 1 milhão de bitcoins nos próximos cinco anos, utilizando métodos que não impactem o orçamento. Essa iniciativa resgata uma ideia do ex-presidente Donald Trump, que havia solicitado a formação de reservas permanentes de BTC, assim como acontece com o ouro, e queria restringir a venda de criptomoedas que fossem confiscadas.
Por enquanto, essa proposta conta apenas com o apoio de legisladores republicanos, já que nenhum democrata a apoiou até o momento. Para que a chamada Lei BITCOIN possa seguir adiante, serão necessárias audiências nos comitês de Serviços Financeiros da Câmara e Bancário do Senado, mas ainda não há datas definidas para essas discussões.
Vale lembrar que em julho deste ano, o Congresso já aprovou seu primeiro projeto de lei sobre stablecoins, a Lei GENIUS, indicando que o governo pode estar mais aberto a integrar ativos digitais no sistema financeiro tradicional.
Reserva Estratégica de Bitcoin
Em março deste ano, foi assinada uma ordem executiva relacionada à Reserva Estratégica de Bitcoin. David Sacks, que ocupa um cargo na Casa Branca voltado para inteligência artificial e criptomoedas, declarou que essa iniciativa não traria custos para os contribuintes.
O documento prevê também uma auditoria completa dos ativos digitais do governo dos EUA, que atualmente são estimados em mais de 200 mil bitcoins, resultantes de apreensões feitas por diferentes órgãos de segurança através de processos judiciais.
